A tentativa de acordo entre a influenciadora Jojo Todynho e o Partido dos Trabalhadores (PT) terminou sem consenso nesta quinta-feira (18/7), na 28ª Vara Criminal do Rio de Janeiro. A ação judicial contra a artista surgiu após declarações em que ela afirmou ter recebido uma proposta de R$ 1,5 milhão para apoiar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República em 2022.
De acordo com o portal metrópoles, urante a audiência, a defesa do partido solicitou que a cantora gravasse um vídeo de retratação, com publicação nas redes sociais por 30 dias. Jojo Todynho recusou o pedido e apresentou uma contraproposta: exigiu que o PT desistisse da ação e retirasse a própria queixa-crime contra ela. O partido, entretanto, rejeitou a oferta, mantendo a queixa e exigindo medidas de retratação formal.
Com a ausência de acordo, o Ministério Público pediu vista do processo, abrindo um novo prazo para que a cantora apresente sua defesa oficial, na qual poderá rebater as acusações e esclarecer os fatos.
Jojo se manifestou nas redes sociais ao lado de seus advogados que afirmam que o partido apresentou na audiência “completa falta de interpretação de texto e desconhecimento legal”. Eles também classificaram como ‘inepta’ a queixa-crime movida pelo PT contra Jojo Todynho.
Sobre a fala
As declarações que motivaram a ação ocorreram durante participação de Jojo Todynho no podcast Brasil Paralelo, alinhado à direita. Além de relatar a suposta oferta recebida, a cantora afirmou que outros artistas que declararam apoio público a Lula teriam recebido pagamentos do partido. A ex-presidente do PT, Gleisi Hoffmann, negou as alegações, classificando-as como falsas e sem fundamento.
O caso já havia passado por um adiamento de conciliação, inicialmente marcada para 31 de julho, mas que não chegou a ocorrer.
Agora, a expectativa se volta para a apresentação formal da defesa de Jojo Todynho. A decisão judicial poderá determinar se houve difamação ou calúnia, ou se as declarações configuram uma opinião pessoal sem responsabilidade legal. O desfecho do processo terá impacto não apenas sobre a cantora, mas também sobre a forma como artistas se manifestam publicamente em relação a partidos políticos e campanhas eleitorais.