A libertação dos 48 reféns israelenses mantidos pelo Hamas deve ter início na manhã de segunda-feira (13), segundo confirmou Osama Hamdan, dirigente do grupo, em entrevista à agência AFP neste sábado (11). A medida faz parte da primeira fase do acordo de cessar-fogo firmado entre Israel e o Hamas, com mediação dos Estados Unidos, Egito, Catar e Turquia.
Pelo acerto, Israel deverá libertar cerca de 2 mil prisioneiros palestinos em troca do retorno dos sequestrados. A operação marca o avanço mais significativo desde o início do conflito, em outubro de 2023, quando o Hamas lançou um ataque surpresa que deixou mais de 1.200 mortos em Israel e resultou no sequestro de 251 pessoas.
Enquanto a troca é preparada, líderes de mais de 20 países se reunirão na segunda-feira na cidade de Sharm el-Sheikh, no Egito, para discutir os próximos passos do acordo de paz. Entre os presentes estarão Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, e Emmanuel Macron, da França. O governo egípcio confirmou que o encontro visa “finalizar os mecanismos de monitoramento e cumprimento do cessar-fogo”.
O prazo para a libertação dos reféns termina às 6h de segunda-feira (13), no horário de Brasília, conforme previsto no acordo assinado na última quarta-feira (8). No entanto, ainda há incertezas sobre os corpos de oito reféns mortos durante o cativeiro. O Hamas alega não saber a localização exata dos restos mortais e pediu mais tempo para encontrá-los.
Para tentar solucionar o impasse, a Turquia anunciou a criação de uma força-tarefa internacional que contará com apoio de Israel, Estados Unidos, Egito e Catar. A missão terá como objetivo localizar os corpos em diferentes áreas da Faixa de Gaza, muitas delas ainda sob escombros após meses de bombardeios.
Segundo o plano apresentado pela Casa Branca, o cessar-fogo prevê o fim dos ataques em Gaza e uma retirada gradual das tropas israelenses. O Estado-Maior de Israel orientou suas forças a manterem posição defensiva e se prepararem para todos os cenários possíveis durante o retorno dos reféns.
De acordo com estimativas israelenses, dos 48 reféns ainda sob poder do Hamas, apenas 20 estariam vivos. Mesmo assim, o início da libertação representa um marco simbólico no esforço internacional para encerrar o conflito e restaurar a estabilidade na região.