Manaus, 23 de novembro de 2024

Um menino usou uma arma de brinquedo para tentar entrar no abrigo em que vive, na zona norte paulistana, na terça-feira (9/4). Ele só foi retirado do local, um serviço de acolhimento para crianças conveniado à Prefeitura de São Paulo, após a intervenção da Polícia Militar.

Imagens feitas pelo celular de uma funcionária, mostram o garoto do lado de fora do abrigo empunhando a pistola de brinquedo (foto em destaque). Nervoso, ele insiste para entrar no local.

Na gravação, também é possível ouvi-lo pedindo suas roupas. Sem saber que a arma é um simulacro, a funcionária conversa com a criança e pede calma.

Ao perceber que está sendo filmado pela profissional do abrigo, ele fica nervoso, grita e pede que a gravação seja interrompida. A mulher avisa que o celular é dela, continua gravando e pedindo que ele se acalme.

Além de empunhar a pistola, o menino atira algumas pedras na garagem do abrigo. Outra funcionária chega a perguntar se o garoto quer tomar sua medicação, sem especificar qual.

Como os funcionários não sabiam se a arma era verdadeira ou não, a PM foi acionada. Ao chegarem ao local, os policiais abordaram o menino e perceberam que se tratava de um simulacro de pistola.

Pelas imagens, não é possível saber se o menino foi algemado.

A PM foi questionada sobre a conduta, mas ainda não se manifestou. O espaço está aberto.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo afirmou que um representante do abrigo confirmou à polícia o fato de a criança morar no local da ocorrência. O funcionário acrescentou, ainda de acordo com a pasta, que o menino “estava agressivo e ameaçando as pessoas”.

A ocorrência foi registrada como “não criminal” pela Polícia Civil e o menino foi encaminhado de volta ao serviço de acolhimento.

Vídeo

Prefeitura

A Prefeitura de São Paulo foi questionada sobre como a Secretaria da Assistência Social cuida do caso, os motivos para a criança estar na rua, como ela conseguiu a arma de brinquedo, por que o menino mora no abrigo, assim como o tipo de apoio prestado à criança após o incidente.

Por e-mail, o município afirmou que o caso “está em apuração”. O espaço segue aberto para manifestações.

Abrigos para crianças

Para preservar a criança, o portal optou por não divulgar sua idade e nem o nome do abrigo. O local atende crianças e jovens, com idades entre zero e 17 anos.

Esse tipo de unidade oferece moradia provisória até que o acolhido possa retornar ao convívio familiar, uma família substituta, ou ainda até conseguir se sustentar por conta própria.

O portal apurou que a unidade onde houve o caso recebe R$ 74,6 mil mensais da Prefeitura, para realizar o atendimento de até 20 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.

Fonte e Foto: Metrópoles