Manaus, 22 de outubro de 2024

A maioria dos investidores já não acredita que haverá qualquer tipo de corte da taxa básica de juros do país, a Selic, em junho, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC). Ao menos, é isso o que mostram os dados do mercado de Opções de Copom, da Bolsa brasileira (B3).

Nesse segmento da B3, os investidores literalmente apostam no tamanho – e se haverá – redução dos juros básicos do país. No fechamento de terça-feira (14/5), 51% deles pagaram para ver que haverá manutenção da atual taxa na próxima reunião do Copom, que ocorrerá entre 18 e 19 de junho. Hoje, a Selic está fixada em 10,50% ao ano.

Outros 47% indicaram que o corte será de 0,25 ponto percentual, o mesmo patamar da redução promovida pelo BC na última reunião do Copom, na semana passada, nos dias 7 e 8 de maio. Por fim, menos de 2% (exato 1,45%) colocaram suas fichas na queda de 0,50 ponto percentual.

A tendência de crescimento entre os que escolheram a opção de manutenção da taxa acentuou-se, justamente, depois do último encontro do Copom (veja quadro abaixo). Na ocasião, o BC reduziu a taxa em 0,25 ponto, embora parte do mercado ainda esperasse uma baixa de 0,50 ponto.

Na ata da reunião, segundo a interpretação de boa parte dos analistas econômicos, os diretores do BC mostraram-se pouco afeitos a uma redução expressiva dos juros básicos em junho. Daí, a possível explicação para o avanço das apostas na manutenção da taxa.

Sondagem do BC

O mercado de Opções de Copom da B3, contudo, não é o único termômetro sobre o tratamento que a Selic receberá por parte do Copom em junho. O próprio Banco Central faz uma sondagem com integrantes do mercado sobre qual a previsão de corte da taxa na próxima reunião do Copom.

No último questionário, divulgado nesta quarta-feira (15/5), 84% (o equivalente a 107 entrevistados) disseram que a redução será de 0,25 ponto. Outros 14% (ou 18 pesquisados) indicaram a manutenção dos juros. Apenas 2% (duas respostas) escolheram a queda de 0,50 ponto percentual – ou seja, cada vez mais improvável tanto de acordo com o levantamento do BC como segundo as apostas dos investidores.

Fonte: Metrópoles
Foto: Reprodução