Em entrevista à CBS News, o Papa Francisco descreveu a atitude de seus críticos conservadores nos Estados Unidos como “suicida”. Ele explicou que os conservadores são aqueles “que se apegam a algo e não querem ver além disso”. Francisco destacou a diferença entre respeitar a tradição e estar “fechado dentro de uma caixa dogmática”.
Durante seu pontificado, o Papa argentino tem promovido uma visão de uma Igreja misericordiosa e inclusiva, um “hospital de campanha” para curar as feridas da humanidade. No entanto, ele enfrenta resistência de alguns dentro da Igreja que veem suas reformas, incluindo o apoio aos católicos LGBTQ+ e a atenção aos migrantes e mudanças climáticas, como uma ruptura com a tradição.
Nos Estados Unidos, a oposição mais forte à abordagem progressista de Francisco vem de grupos conservadores que preferem um papa que reforce a doutrina em termos claros e rígidos. Francisco chamou alguns de seus críticos de “atrasados”, acusando-os de trocar a fé por ideologia.
O Papa tomou medidas firmes contra essa oposição, incluindo a sanção ao cardeal norte-americano Raymond Burke e a destituição de um bispo em Tyler, Texas, que acusou Francisco de minar os ensinamentos da Igreja. As declarações de Francisco ocorrem em um momento em que a Igreja Católica dos EUA enfrenta uma tendência socialmente conservadora extrema, exemplificada pelo recente discurso do jogador do Kansas City Chiefs, Harrison Butker, que criticou o Mês do Orgulho e sugeriu que as mulheres seriam mais felizes como donas de casa.
