Manaus, 21 de novembro de 2024

Nesta sexta-feira (2), o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, expressou sua gratidão aos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), da Colômbia, Gustavo Petro, e do México, Andrés Manuel López Obrador. O agradecimento veio após um comunicado conjunto emitido pelos três países, solicitando que a Venezuela divulgasse os dados da eleição presidencial realizada no domingo (28).

“Presidente Lula, Presidente Petro e Presidente López Obrador, estão trabalhando juntos para que se respeite a Venezuela. Para que os EUA não façam o que estão fazendo. Emitiram um comunicado de imprensa muito bom ontem. Muito bom,” declarou Maduro durante uma coletiva de imprensa.

O líder venezuelano enfatizou a importância do apoio recebido e elogiou a postura dos presidentes sul-americanos. “Parabéns ao presidente Petro, López Obrador e Lula. Agradeço. Por toda a Venezuela, eu agradeço Lula, Petro e López Obrador,” acrescentou.https://www.instagram.com/reel/C-MGOH-

O comunicado conjunto, que teve ampla repercussão, foi uma resposta direta às tensões em torno do pleito venezuelano e à pressão internacional para maior transparência nos resultados eleitorais. Segundo Maduro, ele mantém uma comunicação constante com o governo brasileiro: “Falei com Lula há 15 dias. Agora temos mantido comunicação permanente com Celso Amorim. E com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.”

O pedido dos líderes sul-americanos foi claro e direto. “Acompanhamos com muita atenção o processo de escrutínio dos votos e fazemos um chamado às autoridades eleitorais da Venezuela para que avancem de forma expedita e divulguem publicamente os dados desagregados por mesa de votação,” destacava o comunicado, enfatizando a necessidade de transparência e agilidade na divulgação dos resultados.

Este movimento diplomático surge em um momento crítico para a Venezuela, onde a legitimidade do processo eleitoral é constantemente questionada por diversos setores internacionais. A participação ativa de líderes de países vizinhos demonstra uma tentativa de influenciar positivamente a estabilidade política e a confiança no processo democrático venezuelano.

A relação entre Maduro e os presidentes do Brasil, Colômbia e México, contudo, não se limita apenas a este episódio recente. Historicamente, o governo venezuelano tem buscado apoio de nações aliadas na América Latina para contrapor-se às sanções e críticas provenientes dos Estados Unidos e de outros países ocidentais. A aliança com Lula, Petro e López Obrador reforça essa estratégia de resistência frente às pressões externas.