O governo de Nicolás Maduro tem ampliado seus métodos de repressão na Venezuela, adotando uma nova e alarmante estratégia para intimidar os opositores em Caracas. Recentemente, surgiram imagens nas redes sociais que mostram casas de opositores marcadas com um “X” no bairro 23 de Enero, um dos mais conhecidos da capital venezuelana. A tática, revelada pelo portal argentino Infobae, busca silenciar qualquer resistência contra o regime.
A estratégia de marcar as casas de opositores parece ter um objetivo claro: intimidar e desmotivar os cidadãos que possam pensar em protestar contra o governo. Desde as controversas eleições presidenciais do dia 28 de julho, quando Nicolás Maduro foi declarado vencedor, o país tem sido palco de manifestações. A oposição alega que o resultado foi manipulado, e muitos venezuelanos têm se mobilizado para contestar o que consideram uma fraude eleitoral.
A marcação das casas em 23 de Enero é vista por muitos como um retorno a métodos de intimidação que lembram regimes totalitários do passado. Tamara Sujú, advogada venezuelana especializada em direitos humanos, fez uma denúncia formal sobre o ato perante o Tribunal Penal Internacional (TPI). Em uma publicação feita na rede social X, Sujú comparou a tática do governo Maduro aos métodos usados pelos nazistas para perseguir sistematicamente seus opositores.
A repressão do regime chavista não se limita à marcação das residências. Desde o início dos protestos, mais de 1.300 pessoas foram presas, incluindo 170 mulheres e 116 adolescentes, de acordo com informações de organizações de direitos humanos. A escalada de violência e intimidação tem gerado preocupação internacional, com grupos de direitos humanos e governos estrangeiros condenando as ações de Maduro.
A situação na Venezuela continua a deteriorar-se, com um governo cada vez mais disposto a usar táticas de medo e repressão para manter seu poder. Enquanto isso, a oposição e os cidadãos que se atrevem a desafiar o regime enfrentam um futuro incerto, marcados não apenas em suas casas, mas também em suas liberdades e direitos fundamentais.