Manaus, 23 de novembro de 2024

O candidato à Prefeitura de São Paulo, empresário e ex-coach, Pablo Marçal (PRTB), protagonizou um bate-boca com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu até então aliado político e a quem Marçal buscou apoio diversas vezes para sua campanha. A troca de farpas ocorreu no perfil do Instagram de Bolsonaro no início da tarde desta quinta-feira, 22.

O empresário comentou em uma postagem de Bolsonaro com a frase: “Pra cima capitão. Como você disse: eles vão sentir saudades de nós”. Em poucos minutos, Bolsonaro respondeu: “Nós? Um abraço”.

Marçal rebateu a invertida do ex-presidente e, numa tréplica, publicou um “textão”: lembrou Bolsonaro que doou R$ 100 mil para a sua campanha de reeleição à Presidência em 2022, além de tê-lo ajudado nas estratégias digitais, fazendo Bolsonaro gravar “mais de 800 vídeos” no Palácio do Planalto.

Apesar do constrangimento público, o ex-coach resolveu aproveitar o embate como material de campanha. A assessoria de imprensa dele compartilhou prints das mensagens, capturados segundos depois da resposta ser enviada, na lista de transmissão com jornalistas, dando destaque à polêmica: “Pablo Marçal e Jair Bolsonaro discutem em postagem do Instagram”.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), um dos filhos do ex-presidente, também entrou no entrevero. Na postagem, o filho “03” saiu em defesa do pai, questionando Marçal sobre a campanha presidencial de 2022, quando o empresário disse, segundo ele, que a diferença entre Lula e Bolsonaro “é que um dele tem um dedo a menos”.

“Só acordou agora? Tá parecendo até o Mourão”, cutucou o deputado. Nesta manhã, Marçal publicou uma foto com o filho do presidente em seu perfil no X (antigo Twitter), afirmando que o deputado federal será “o nosso senador em 2026”.

Em outra rede social, o advogado da família entrou na discussão, saindo em defesa de Bolsonaro sobre as alegações de Marçal referente a supostos valores doados na campanha presidencial. Fabio Wajngarten escreveu em seu perfil do X que o ex-presidente “não pediu doação para ninguém durante o período eleitoral”, disparando que assessores que “ora acompanham candidatos que buscam se valer de atributos do presidente” deveriam “proteger a marca ‘Bolsonaro’”.