Um laudo da necropsia do menino Ythallo Raphael Tobias Rosa, de 6 anos, revelou a presença de “grânulos de cor amarronzada” na traqueia e nos resíduos gástricos da criança, levantando suspeitas de envenenamento. A Polícia Civil do Rio de Janeiro solicitou um exame toxicológico para investigar se a substância encontrada corresponde a chumbinho, um veneno frequentemente utilizado de forma inadequada como raticida.
Ythallo, que foi vítima de uma possível intoxicação na última segunda-feira (30), teria recebido os bombons de uma mulher enquanto andava de bicicleta na comunidade Primavera, em Cavalcante, na zona norte da cidade. Outro menino, Benjamin Rodrigues Ribeiro, de 7 anos, também ingeriu o doce e permanece internado no Hospital Municipal Miguel Couto, com estado de saúde considerado grave, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
De acordo com o delegado Marcus Henrique de Oliveira Alves, titular da 44ª DP (Inhaúma), a mulher ofereceu os bombons a diversas crianças na área. “Esse bombom o Ythallo pegou, mordeu e depois repartiu com o Benjamim, que veio a ser hospitalizado”, explicou o delegado.
A investigação, que agora está sob a responsabilidade da Delegacia de Homicídios da Capital, já resultou em diligências na comunidade, com a intenção de coletar imagens que possam auxiliar na identificação da mulher que ofereceu os doces. Um primo de Ythallo, de 12 anos, também foi abordado pela suspeita, mas declarou que não aceitou os bombons, pois tinha acabado de almoçar e não estava com fome. Ele informou à polícia que nunca havia visto a mulher antes.
O corpo de Ythallo será velado na tarde desta quarta-feira (2), a partir das 13h, em uma igreja na comunidade. O enterro está agendado para as 15h, no cemitério de Inhaúma, na zona norte do Rio de Janeiro.
