Manaus, 8 de outubro de 2025

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protocolou, nesta terça-feira (16), um relatório médico no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o atual estado de saúde do ex-chefe do Executivo. O documento foi enviado diretamente ao ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal que resultou na condenação de Bolsonaro e que determinou sua prisão domiciliar.

De acordo com o cardiologista Leandro Echenique, responsável pelo acompanhamento clínico, Bolsonaro apresentou quadro de mal-estar, pré-síncope e vômitos, associados à queda da pressão arterial. O episódio ocorreu horas antes de o ex-presidente ser levado para atendimento de emergência no Hospital DF Star, em Brasília.

O deslocamento de Bolsonaro contou com escolta dos policiais penais que fazem o monitoramento de sua residência, atendendo ao protocolo da prisão domiciliar. Apesar de ter deixado a casa, a defesa destacou que não houve descumprimento da medida imposta por Moraes, já que a decisão prevê a possibilidade de saída em caso de emergência médica, mediante apresentação de atestado no prazo de 24 horas.

O relatório enviado ao STF confirma ainda que, no último domingo (14), Bolsonaro foi submetido a procedimentos dermatológicos, com a retirada de lesões na pele, além de exames complementares que diagnosticaram anemia por deficiência de ferro.

A saúde do ex-presidente tem sido motivo de preocupação constante entre aliados e familiares. Desde o atentado sofrido em 2018, Bolsonaro acumula um histórico de complicações médicas, incluindo cirurgias abdominais e episódios frequentes de internações.

O episódio mais recente ocorre em meio ao delicado cenário jurídico enfrentado pelo ex-presidente. Na semana passada, por maioria de 4 votos a 1, a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro e mais sete réus no processo da chamada trama golpista, pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado.

Enquanto cumpre prisão domiciliar, Bolsonaro segue monitorado pelas autoridades judiciais e de saúde. A expectativa é de que novos boletins médicos sejam apresentados para atualizar seu quadro clínico e garantir a continuidade dos tratamentos necessários.

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