Manaus, 25 de novembro de 2024

Uma família de origem brasileira em Israel está enfrentando um pesadelo após a jovem Celeste Fishbein, de 18 anos, ser capturada pelo grupo Hamas durante o recente ataque dos extremistas a Israel. Este ataque resultou no sequestro de pelo menos 199 pessoas, que foram levadas para Gaza como reféns. O conflito que se seguiu já causou mais de 3,7 mil mortes nos dois lados.

Celeste, filha e neta de brasileiros, trabalhava como cuidadora de crianças em uma escola infantil antes de seu desaparecimento no início do conflito em 7 de outubro. Após sete dias sem notícias da jovem, um comunicado do exército israelense fez a família temer que ela esteja entre os reféns do Hamas.

Gladys Fishbein, mãe de Celeste, compartilhou o desespero que a falta de informações causou. Ela revelou em uma entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo: “A verdade é que a situação é insuportável. Eu não sei aonde ela está. Eu não sei a condição dela. Eu não sei como ela está se sentindo. Não sei. Eu fico louca.”

Uma centelha de esperança surgiu quando Mario Fishbein, tio de Celeste, informou que registros do celular da jovem em Gaza indicavam a possibilidade de obter mais informações. “Sabemos que o telefone dela está lá em Gaza. Não localizaram o telefone em si, localizaram o último sinal do telefone. Mas isso não quer dizer nada, o telefone pode estar em um lado e ela pode estar em outro,” explicou.

À medida que os dias passam, a preocupação da família cresce. Mario confessou: “Vai passando o tempo e você vai ficando mais desesperado, porque eles não passam nenhum tipo de informação.”

No entanto, a esperança permaneceu quando a mãe de Celeste viajou até Gaza na última quarta-feira (11/10) para fornecer uma amostra de DNA da filha, na esperança de confirmar sua identidade entre as vítimas do conflito. Até sexta-feira (13/10), não havia notícias sobre o paradeiro da jovem.

A família recebeu uma notícia que reacendeu a esperança: Celeste provavelmente está entre as pessoas sequestradas pelo Hamas, o que sugere que ela não é uma das vítimas já encontradas.

O fatídico dia do ataque, Celeste e seu namorado estavam em sua casa no Kibutz Be’eri, uma comunidade agrícola muito próxima da Faixa de Gaza.