O Hamas sinalizou, em um comunicado, que está pronto para negociar um plano para o fim da guerra em Gaza. Mas uma autoridade de Israel acusou os terroristas de dificultarem as negociações.
Nesta terça-feira (11), o Hamas disse estar pronto para chegar a um acordo de cessar-fogo e entregou uma resposta aos mediadores do Catar e do Egito com o que chamou de observações sobre a proposta de trégua dos Estados Unidos.
Depois, uma autoridade israelense disse à agência de notícias Reuters que o país viu a resposta do Hamas e que o grupo terrorista tinha alterado os principais parâmetros da proposta. Essa autoridade acusou o grupo terrorista de rejeitar o plano de cessar-fogo e libertação de reféns do presidente americano Joe Biden. Antes desse impasse, o governo de Israel tinha dito que a proposta americana se encaixava nos seus objetivos de segurança.
Esse plano foi referendado na segunda-feira (10) pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas – que aprovou uma resolução apoiando a proposta. O documento prevê uma trégua de seis semanas. Enquanto isso, reféns israelenses seriam aos poucos libertados, prisioneiros palestinos também, e Israel retiraria suas tropas das áreas de Gaza mais povoadas.
Depois disso, haveria uma segunda fase, com a retirada total, a libertação de todos os reféns e o fim permanente das agressões de ambas as partes. Na terceira e última etapa, começaria um processo de reconstrução de Gaza.
Os Estados Unidos estão avaliando o que o Hamas disse na resposta, e os governos do Catar e do Egito vão seguir na mediação até que um acordo seja alcançado. Na hora de negociar, são os detalhes que importam. Como, por exemplo: quando exatamente os reféns vão ser libertados? Ou como se garantirá o fim dos ataques? Ou qual o futuro da Faixa de Gaza depois da guerra?
O Secretário de Estado americano, Antony Blinken, está no Oriente Médio. Ele encontrou nesta terça-feira (11) o líder da oposição israelense Yair Lapid; também o ex-ministro do gabinete de guerra, Benny Gantz. Na segunda-feira (10), falou com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Ou seja, esteve em contato próximo com o alto escalão da política israelense.
Nesta terça, voltou a dizer que só depende do Hamas para que a guerra chegue ao fim. Afirmou que a responsabilidade cabe a Yahya Sinwar, o chefe do grupo terrorista em Gaza. Segundo os Estados Unidos, ele vive escondido nos túneis subterrâneos do território palestino.
Depois de Israel, Blinken foi para a Jordânia, onde anunciou US$ 400 milhões em ajuda para os palestinos.