Manaus, 21 de novembro de 2024

Com o apoio do Governo do Estado, por meio da Fundação Estadual dos Povos Indígenas do Amazonas (Fepiam), o jovem lutador indígena Mateus Kokama está prestes a participar de um embate internacional. No Lions Fights MMA, neste sábado (11/05), às 19h30, na rua Louro Branco, nº 170, no bairro Monte das Oliveiras, zona norte de Manaus, Mateus se prepara para enfrentar o russo Zulyar Sharafidinov, conhecido como Zurick.

Nilton Makaxi, diretor-presidente da Fepiam, destaca a importância de apoiar jovens indígenas envolvidos no mundo do esporte. “Esse processo de desenvolvimento não só amplia a visibilidade das etnias, como também nos desafia a levar a cultura indígena a lugares onde ainda é desconhecida”, afirmou.

Aos 22 anos de idade, Mateus Kokama já coleciona o histórico de 12 vitórias invictas no gi-nogi no Lions Fights, e agora ele se lança no cenário MMA na arena Lions, sob a orientação de seu mestre, Edmilson Freitas, da Coral Negra de Jiu Jitsu.

Treinando desde os 5 anos de idade, sob a tutela de seu pai e instrutor, Eliel Kokama, Mateus absorveu as técnicas de luta e se dedicou incansavelmente ao seu aprimoramento. Além disso, ele tem participado de diversas competições, treinando de segunda a sexta-feira para enfrentar seus adversários com determinação e habilidade.

Para Eliel, o pai de Mateus, o esporte é mais do que uma atividade física, é uma ferramenta poderosa para moldar o caráter e o futuro dos jovens. “Desde cedo, incentivo meu filho a se envolver em atividades esportivas, com o objetivo de mantê-lo afastado das influências negativas. Desejo ao meu filho que ele alcance a vitória. É emocionante vê-lo lutando, e eu vibro junto com ele”.

Joabe Leonam, diretor-técnico da Fepiam, ressalta a importância vital de ter jovens indígenas atuando no cenário esportivo como agentes de representatividade e inspiração. “A presença de jovens indígenas no esporte não apenas proporciona visibilidade às suas comunidades e culturas, mas também serve como um poderoso símbolo de superação e resiliência. Esses atletas não apenas competem em nome de si mesmos, mas também carregam o orgulho e as tradições de seus povos”, enfatizou Leonam.

Foto: Fillipe Barroso/Fepiam
Com informações da acessória