Manaus, 3 de dezembro de 2024

Brasil – Na sexta-feira (26), a Justiça do Paraná determinou a suspensão do julgamento de Jorge Guaranho, ex-policial penal acusado de assassinar Marcelo Arruda, guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) em Foz do Iguaçu.

O julgamento estava agendado para começar na próxima quinta-feira (2) na mesma cidade, mas ainda não foi definida uma nova data para o júri. O juiz responsável pelo caso, Sergio Luiz Patitucci, justificou o adiamento citando o potencial de influência na decisão dos jurados devido à grande repercussão do caso na comunidade e ao cargo ocupado pela vítima na gestão municipal.

O crime ocorreu em 9 de julho de 2022, durante a celebração do aniversário de 50 anos de Marcelo, que estava em uma festa com temática do PT, quando foi alvejado pelo ex-policial, que na época manifestava simpatia pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Testemunhas relataram que Guaranho chegou na festa aos gritos de “Bolsonaro” e “mito”, ameaçando os presentes antes de sair. Mais tarde, ao encontrar novamente Arruda, disparou contra o aniversariante, que, apesar de também estar armado e tentar se defender, não resistiu.

Arruda, que deixou esposa e quatro filhos, desempenhava papéis importantes na comunidade, sendo diretor do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz, tesoureiro do PT local e já havia concorrido ao cargo de vice-prefeito.