Manaus, 22 de novembro de 2024

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), manteve uma conversa telefônica com o líder de Israel, Isaac Herzog, na quinta-feira, 12. Durante a chamada, Lula expressou sua gratidão pelo apoio de Israel na operação de repatriação de brasileiros que se encontram no meio do conflito no Oriente Médio. Além disso, o presidente brasileiro solicitou medidas para garantir o fornecimento de itens essenciais à população civil e reforçou a condenação aos ataques terroristas na região.

Lula compartilhou em sua conta no Twitter: “Conversei agora há pouco por telefone com o presidente de Israel Isaac Herzog. Agradeci o apoio para a operação de retirada dos brasileiros que desejam retornar ao nosso país. Reafirmei a condenação brasileira aos ataques terroristas e nossa solidariedade com os familiares das vítimas.” O presidente também abordou a preocupante crise humanitária na Faixa de Gaza, que se intensificou devido ao bloqueio total imposto por Israel, restringindo o acesso a água, comida e eletricidade na região.

Lula solicitou ao presidente Herzog todas as iniciativas possíveis para garantir o fornecimento de água, eletricidade e medicamentos nos hospitais da Faixa de Gaza, destacando a importância de proteger os inocentes da insanidade dos que buscam a guerra. Durante a conversa, o presidente brasileiro também levantou a questão da criação de um corredor humanitário, um tema que será discutido em uma reunião convocada pelo Brasil no Conselho de Segurança da ONU, órgão do qual o país preside.

A reunião do Conselho de Segurança está agendada para a sexta-feira, 13, e terá como tema central as questões humanitárias na Faixa de Gaza, bem como uma discussão sobre possíveis soluções para o conflito. O Ministro das Relações Exteriores, Mauro Viera, que se encontra no Camboja, viajará nesta quinta-feira, 12, para Nova York, a fim de participar da reunião junto ao embaixador Sergio Danese, que lidera o Conselho. A guerra entre Israel e o Hamas, iniciada em 7 de outubro, já resultou em mais de 2.800 mortes, incluindo dois brasileiros, e aproximadamente 340 mil deslocados internos na região