O advogado, jornalista e político amazonense Arlindo Augusto dos Santos Porto faleceu nesta quarta-feira (28), aos 95 anos, no Rio de Janeiro. A causa da morte não foi divulgada. O corpo será velado e cremado, conforme informado por familiares.
Arlindo Porto teve uma trajetória marcante na política e no jornalismo do Amazonas. Ele foi eleito deputado estadual por três mandatos consecutivos, destacando-se como uma figura influente na política local. Em seu último mandato, conquistou a terceira maior votação entre os candidatos do estado, mas sua carreira parlamentar foi abruptamente interrompida pela Ditadura Militar, que cassou seu mandato após o Golpe de 1964.
Apesar da repressão sofrida, Arlindo Porto recebeu, quase 50 anos depois, uma restituição simbólica de seu mandato em uma cerimônia na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), realizada no dia 3 de abril de 2013. Esse gesto foi um reconhecimento tardio de sua importância e das injustiças cometidas durante o regime militar.
Além de sua atuação política, Arlindo Porto também foi um dos pilares do jornalismo amazonense. Ele foi o primeiro presidente do Sindicato dos Jornalistas do Amazonas (Sindjor/AM), liderando a entidade de 1959 a 1963. Sua gestão foi marcada pela defesa dos direitos dos jornalistas e pela organização da categoria no estado.
Em homenagem a Arlindo Porto, o atual presidente do Sindjor/AM, Wilson Reis, anunciou que será divulgada uma Nota de Pesar nesta quinta-feira (29). “Arlindo Porto deixou um legado de luta e organização da categoria no Amazonas”, declarou Reis, ressaltando a importância do trabalho de Porto para o fortalecimento do jornalismo na região.
