Manaus, 3 de dezembro de 2024

O influenciador digital Dilson Alves da Silva Neto, mais conhecido como Nego Di, que está preso desde o última domingo (14) teve seu sigilo bancário quebrado e os dados revelam farsa nas doações durante as enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul. O Ministério Público (MP) suspeita que Nego Di tenha doado apenas R$ 100, apesar de ter apresentado um comprovante de doação de R$ 1 milhão.

O promotor Flávio Duarte, responsável pelo caso, explicou que as investigações iniciais do MP revelaram inconsistências na doação declarada pelo influenciador. “Na nossa apuração inicial, até esse dia em que ele deu como fato consumado essa doação de R$ 1 milhão, nenhuma doação nesse valor teria sido feita. Nesse mesmo dia, ele mesmo realizou uma doação de apenas R$ 100”, afirmou Duarte.

A prisão de Nego Di ocorreu no dia 14 de julho, sob acusações de estelionato, suspeito de lesar pelo menos 370 pessoas com a venda de eletrodomésticos por meio de uma loja virtual da qual ele era proprietário.

Além das suspeitas sobre a doação em si, o MP também investiga a autenticidade do documento apresentado por Nego Di. Segundo o promotor Duarte, há indícios de que o comprovante de doação possa ser falsificado. “Como ele apresentou um documento em que mostrava um comprovante de uma doação de R$ 1 milhão, uma das suspeitas é que esse documento seja falso também”, explicou o promotor.

A defesa de Nego Di foi procurada pelo g1 mas não deu retorno.

A investigação do MP está em andamento, e mais detalhes sobre o caso devem ser divulgados nas próximas semanas. Se comprovada a fraude, Nego Di poderá enfrentar sérias consequências legais, além de um possível impacto negativo em sua carreira como influenciador digital.