Pesquisadores da Universidade da Califórnia – São Francisco (UCSF) introduziram um aplicativo móvel revolucionário capaz de realizar testes cognitivos e identificar precocemente sinais de demência frontotemporal (DFT). Publicado na JAMA Network Open em 1º de abril, o estudo destaca a importância dessa tecnologia no diagnóstico precoce e na condução de ensaios clínicos para tratamentos.
A demência frontotemporal é uma condição debilitante caracterizada pela degeneração dos lobos frontais e temporais do cérebro, resultando em mudanças comportamentais, problemas de comunicação e dificuldades de movimento. O diagnóstico precoce é desafiador, muitas vezes ocorrendo tardiamente devido à confusão com distúrbios psiquiátricos em pacientes mais jovens. No entanto, a nova ferramenta desenvolvida pela equipe da UCSF oferece uma solução promissora.
O aplicativo permite a realização de testes cognitivos sensíveis, comparáveis às avaliações neuropsicológicas tradicionais. Por meio da colaboração com a Datacubed Health, os pesquisadores integraram testes de funções executivas, essenciais para identificar sinais precoces da doença. Além disso, o aplicativo coleta dados como gravações de voz e movimentos corporais, oferecendo insights valiosos para o diagnóstico e monitoramento da DFT.
Adam Staffaroni, neuropsicólogo clínico e professor associado do Departamento de Neurologia da UCSF, destaca o potencial do aplicativo não apenas no diagnóstico, mas também no acompanhamento do tratamento e na redução da necessidade de visitas presenciais aos centros de pesquisa.
Embora ainda não esteja disponível para o público em geral, a tecnologia oferece esperança para o avanço da pesquisa sobre demência frontotemporal, possibilitando uma abordagem mais eficaz no tratamento e na gestão dessa condição devastadora.