A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), em conjunto com a Polícia Militar do Amazonas (PMAM), e com o apoio da Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (SEAI) e Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), deflagrou, nesta quarta-feira (28/08), a Operação Alvorada. A operação resultou no cumprimento de 31 mandados de prisão contra 28 indivíduos e em 5 prisões em flagrante, totalizando 33 presos, além de 16 mandados de busca e apreensão.
Os crimes investigados incluem homicídio, roubo e tráfico de drogas. A ação foi realizada nos bairros Alvorada e Nova Esperança, localizados nas zonas centro-oeste e oeste da capital, além de envolver prisões em outras localidades referentes a crimes praticados nesses mesmos bairros.
O resultado da operação foi apresentado em uma coletiva de imprensa na sede da Delegacia Geral (DG), no bairro Dom Pedro, zona centro-oeste. Estiveram presentes o delegado-geral adjunto da PC-AM, Guilherme Torres; o delegado Fábio Aly, titular da Polinter; o delegado Edgar Moura, do 10º DIP; o comandante-geral da PMAM, coronel Klinger Paiva; o secretário de Segurança em exercício, coronel Anézio Paiva; e o secretário executivo adjunto de Operações (Seaop), coronel Algenor Teixeira.
De acordo com o delegado-geral adjunto Guilherme Torres, a operação foi uma ação conjunta bem-sucedida, resultando na prisão de 33 indivíduos envolvidos em diversos crimes, como homicídios, roubos e tráfico de drogas. A operação focou no combate à criminalidade e às organizações criminosas.
“Em uma dessas localidades, havia uma rua bloqueada por uma barricada para dificultar a ação dos policiais. Tivemos que remover a barricada para cumprir os mandados. A população local estava começando a ficar refém da situação, com dificuldades para entrar e sair da área. Hoje, conseguimos restabelecer a ordem e a tranquilidade na comunidade”, destacou Torres.
Segundo o comandante-geral da PMAM, coronel Klinger Paiva, a corporação integrou a ação com 64 policiais militares, divididos em 16 equipes específicas, fazendo o cerco e a segurança nos locais a serem abordados.
“A nossa integração busca isso, levar mais segurança à população e desta vez foi no bairro Alvorada. Estivemos com policiais do Comando de Policiamento Especializado, com o apoio da nossa Companhia de Operações Especiais e o nosso canil, com os cães fazendo o faro desses locais, principalmente nos pontos de tráfico de entorpecentes”, relatou o coronel Klinger.
Prisões
O delegado Fábio Aly, titular da Polinter, informou que foram presos indivíduos por roubo, tráfico de drogas e homicídio. Essas prisões são significativas e devem contribuir para a redução da criminalidade nos bairros afetados.
“Entre as prisões destacadas, podemos citar casos importantes. Por exemplo, um foragido foi localizado em São Paulo e foi condenado a 13 anos de reclusão em regime fechado por roubo. Também prendemos uma pessoa com três passagens por roubo, condenada a 17 anos por assaltos a coletivos e paradas de ônibus”, detalhou. Outro caso relevante é o de um indivíduo que, além de responder por roubo e homicídio, já estava condenado há mais de 12 anos em processos relacionados a roubos, destacou o delegado.
O delegado Edgar Moura, titular do 10º DIP, acrescentou que, durante a Operação Alvorada, foram realizadas prisões em flagrante de cinco pessoas por tráfico de drogas e apreendidas mais de duzentas porções de entorpecentes. “O objetivo da ação foi desmantelar os pontos de venda de drogas e prender os traficantes para garantir mais segurança à população”, afirmou.
Casos de Destaque
Lucas Lima de Queiroz foi capturado em São Paulo após estar foragido por vários anos. Condenado por roubo, ele foi localizado e preso com o apoio das autoridades locais. Lima de Queiroz cumprirá uma pena de 13 anos de reclusão em regime fechado.
Ricardo Augusto Guimarães Abrantes estava foragido da Justiça pelo crime de latrocínio. Ele havia sido preso anteriormente, mas, no dia 8 de agosto de 2008, aproveitou uma saída temporária e não retornou. Abrantes atacou a vítima com uma faca após ela recusar um empréstimo de R$ 600, resultando na morte da vítima. Ele permaneceu foragido por mais de uma década.
Lucas Azevedo Duque foi preso em cumprimento a um mandado de prisão preventiva pelo homicídio de Wellington Amorim Santana com o uso de uma arma de fogo ocorrido em 13 de outubro de 2017. O crime foi motivado por vingança, após Lucas ter sido expulso do bairro Colônia Terra Nova, zona norte, por traficantes rivais.
Lucas também possuía dois mandados de prisão definitiva por roubo. As condenações por esse crime totalizam mais de 11 anos de reclusão.
José Alexandre dos Santos Oliveira foi preso para cumprir o restante de suas penas, que somam 17 anos e 8 meses de reclusão. Ele possui três condenações por roubo, incluindo assaltos a paradas de ônibus em Manaus.
Joilson Souza da Silva foi preso em cumprimento a dois mandados de prisão por homicídio. No primeiro caso, ocorrido em 14 de dezembro de 2015, ele matou Marcos Machado Batalha com uma faca, motivado por vingança após uma briga anterior. O crime foi considerado de motivo torpe, pois a vítima foi surpreendida em sua própria casa e não teve chance de defesa. O segundo mandado de prisão também se refere a homicídio, mas os detalhes permanecem sob segredo de justiça. Joilson cumprirá uma pena de 13 anos de reclusão em regime fechado.
Efetivo
Integraram a Operação Alvorada policiais civis da Delegacia Especializada em Capturas e Polinter (DECP), Combate à Corrupção (Deccor), Crimes contra o Consumidor (Decon), Crimes Contra a Fazenda Pública Estadual (DECCFPE), Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core-AM), 10º Distrito Integrado de Polícia (DIP) e dos 3º, 4º, 8º, 9º, 11º, 13º, 16º, 21º, 22º, 24º, 28º e 29º DIPs, além de policiais militares das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam), 1º Batalhão de Choque (BPChoque), Companhia de Operações Especiais (COE), Regimento de Policiamento Montado Cel Bentes (RPMon) e Companhia Independente de Policiamento com Cães (CIPCães).
Disque-denúncia
A PC-AM ressalta que informações que possam ajudar na localização dos procurados pela Justiça devem ser repassadas para os números (92) 3667-7727 (WhatsApp), disque-denúncia da Polinter, ou 181 da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM). O sigilo é absoluto.
*Com informações da assessoria