A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), deflagrou nesta sexta-feira (7) a 2ª fase da Operação Mandrágora, que resultou nas prisões de dois funcionários de uma clínica veterinária, suspeitos de fornecer cetamina à família da ex-sinhazinha do Boi Garantido Djidja Cardoso, que foi encontrada morta no dia 28 de maio em sua casa. Também foram presos o ex-namorado de Djidja, Bruno Roberto, e o coach e personal trainer Hatus Silveira. A operação visa desmantelar uma suposta “seita” em Manaus, que promovia rituais envolvendo o uso de ketamina, um anestésico cirúrgico e veterinário utilizado para fins recreativos devido aos efeitos alucinógenos.
A clínica veterinária Max Vet, localizada no bairro Redenção, zona Centro-Oeste, foi alvo de mandado de busca e apreensão na última sexta-feira (31). Entre os materiais apreendidos estão diversas caixas da droga sedativa de uso humano e veterinário, seringas, tubos de coleta de sangue, cadernos, documentos e um computador.
A investigação revelou que Hatus Silveira seria um dos principais responsáveis por fornecer a droga à família de Djidja. Bruno Roberto, por sua vez, atuava como intermediário, conectando Hatus à ex-sinhazinha do Boi Garantido e seus familiares. O inquérito apontou que, além de Djidja, seu irmão Ademar e sua mãe Cleusimar Cardoso também estão envolvidos no esquema de tráfico de cetamina.
Há pouco mais de um mês, a polícia começou a investigar a família Cardoso. Segundo as autoridades, os três criaram um grupo religioso chamado “Pai, Mãe, Vida”, que incentivava o uso da cetamina para alcançar uma suposta plenitude espiritual. As investigações indicam que o grupo estava promovendo rituais nos quais a droga era utilizada como meio de se atingir estados alterados de consciência, apresentados aos participantes como experiências espirituais profundas.