Simary Rayane da Silva, de 27 anos, será apresentada em audiência de custódia nesta quinta-feira (23/5) para determinar o curso de sua prisão. A mãe é acusada de matar a filha, Sofia, de 10 meses, com um veneno conhecido como chumbinho e esconder o corpo da bebê em um freezer por 30 dias. Simary foi presa em flagrante pela Polícia Civil no bairro de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife.
Na audiência, a legalidade da prisão de Simary será avaliada por um juiz, que decidirá se ela continuará presa preventivamente ou se poderá responder em liberdade. O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) confirmou que Simary será ouvida ainda hoje.
“Já iniciamos o processo de apuração junto à unidade judiciária. Ressaltamos que as autoridades policiais têm até 24 horas para apresentar a pessoa presa em flagrante ao Poder Judiciário. Assim, a acusada deverá ser apresentada nesta quinta-feira (23). Assim que obtivermos o resultado da audiência, entraremos em contato,” informou o TJPE.
Detalhes do Crime e Investigação
Segundo relatos de familiares, Simary havia solicitado ajuda da família e já demonstrava sinais de intenção de adquirir chumbinho, um veneno ilegal para matar ratos, com o intuito de usá-lo em si mesma e nos filhos. Ela efetivamente comprou o veneno e administrou à filha mais nova, Sofia. Após a morte da bebê, Simary escondeu o corpo no freezer da casa. O crime foi descoberto após moradores da comunidade suspeitarem do sumiço da criança.
Esquema de Encobrimento
Durante a investigação, foi revelado que Simary mentiu várias vezes sobre o paradeiro da filha. Aos vizinhos, ela dizia que Sofia estava sob os cuidados da bisavó, chegando até a criar um perfil falso no WhatsApp para se passar pela parente e manter a farsa de que a bebê estava bem.
A preocupação aumentou no Dia das Mães, quando Simary foi vista comemorando em um restaurante sem a filha. Isso levou os parentes a visitarem a bisavó da criança, que afirmou não ver Sofia há mais de 30 dias. A partir dessas desconfianças, a polícia foi acionada, culminando na descoberta macabra e na prisão de Simary.
O caso chocou a comunidade e agora segue para os trâmites judiciais, aguardando a decisão da audiência de custódia.