Manaus, 11 de dezembro de 2024

As redes sociais desempenham um papel significativo em nossa expressão e compartilhamento de momentos com o mundo. No entanto, um estudo realizado por pesquisadores das universidades de Harvard e Vermont, nos Estados Unidos, revelou que o modo como as fotos são compartilhadas no Instagram pode conter pistas sobre a depressão.

Analisando os perfis de 166 pessoas no Instagram, incluindo 71 delas com histórico de depressão, os cientistas empregaram análise de cores e detecção de rostos para fazer descobertas notáveis. Eles observaram que indivíduos deprimidos tendem a compartilhar fotos com tonalidades predominantemente azuladas, escuras e cinzas, em contraste com as imagens postadas por outros usuários. Além disso, as postagens de pessoas com depressão costumam conter menos indivíduos reunidos nas fotos.

Os resultados desse estudo abrem novas perspectivas para o rastreamento precoce e a detecção de doenças mentais. Os pesquisadores acreditam que as fotos publicadas nas redes sociais oferecem uma ampla gama de pistas que podem ser exploradas para obter informações psicológicas valiosas. Eles analisaram detalhes como a presença de pessoas nas fotos, o cenário (natureza ou interior) e se a imagem foi tirada de dia ou de noite.

Utilizando um programa de computador desenvolvido especificamente para identificar esses detalhes, os autores do estudo descobriram a tendência de postagem de imagens mais escuras por parte de indivíduos deprimidos. Além disso, notaram que essas pessoas utilizam menos filtros disponíveis no Instagram, mas quando o fazem, têm uma inclinação para escolher o filtro Inkwell, que transforma as fotografias coloridas em imagens em preto e branco.

Outra descoberta interessante foi que os participantes deprimidos são mais propensos a compartilhar fotos com rostos, embora essas imagens contenham menos pessoas do que as postagens de participantes saudáveis. Esses marcadores visuais podem fornecer insights valiosos para profissionais de saúde mental e aqueles que desejam entender melhor a saúde emocional das pessoas por meio de suas atividades nas redes sociais.