Nesta quarta-feira (4/10), a Polícia Federal, em ação conjunta com o Ministério Público Federal, deflagrou a Operação Tesouro Oculto, com o objetivo de combater crimes de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, organização criminosa, fraude à execução e uso de documento falso, um esquema de venda de planos de saúde sem registro, no Amazonas.
A investigação iniciou-se em 2019 e apurou um esquema de criação de empresas fraudulentas, por meio de organização criminosa, que fazia a utilização de “laranjas” (sem ciência da sua condição de participante na ação) e de “testas de ferro” (com ciência da participação).
As empresas eram criadas de fato, com CNPJ constituído, com o intuito de darem continuidade a atividade ilegal de venda de planos de saúde sem registro na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), além de sonegar créditos fiscais, frustrar direitos trabalhistas, fraudar credores e lavar os ativos ilícitos obtidos por meio.
Até o momento, foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão e 7 mandados de prisão. A justiça também autorizou o sequestro e indisponibilidade de bens móveis e imóveis, no valor total de R$ 87 milhões. Conforme a PF, o dinheiro será usado para quitação da dívida perante a Fazenda Nacional.
Os mandados da “Operação Tesouro Oculto” são cumpridos Manaus, capital do Amazonas, e Borba, interior do estado. Segundo a PF, as duas cidades são “locais estratégicos identificados durante as investigações”.
A PF não informou os nomes das pessoas envolvidas no esquema nem a lista das empresas fraudulentas.