A Polícia Federal (PF) realizou nesta segunda-feira (15) uma grande operação contra o garimpo ilegal no Rio Madeira, no trecho entre os municípios de Manicoré e Humaitá, no Amazonas. A ação, determinada pela Justiça Federal do Amazonas, resultou na destruição de 71 dragas utilizadas na extração clandestina de ouro até o início da tarde.
Coordenação entre forças de segurança
A ofensiva contou com equipes da PF, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Força Nacional de Segurança Pública. Diferente de anos anteriores, em 2025 a estratégia passou a ser conduzida de forma integrada pelo Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI Amazônia), com participação direta do Poder Judiciário, o que fortaleceu a logística e a execução das operações.
Segundo a PF, desde 2023 as ações vêm sendo intensificadas para combater a presença de balsas ilegais na região, que causam graves danos ambientais e fomentam crimes associados, como lavagem de dinheiro e exploração de trabalhadores.
Fiscalização trabalhista
De acordo com o Portal CNN, além da destruição das dragas, agentes do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE acompanharam a operação para inspecionar as condições enfrentadas pelos trabalhadores encontrados nas balsas. Em muitos casos, eles atuam em situações precárias e sem qualquer proteção legal ou trabalhista.
Impactos do garimpo ilegal
O garimpo ilegal no Rio Madeira é um dos principais focos de preocupação ambiental no Amazonas. O uso de mercúrio na atividade polui a água, ameaça comunidades ribeirinhas e provoca perda irreparável de biodiversidade. As autoridades destacam que o enfrentamento à mineração clandestina é essencial para proteger tanto o meio ambiente quanto os direitos humanos na região.
Por: Mayara Leite – Redatora Seo On