Em uma ação conjunta, a Polícia Federal (PF) e a Polícia Civil do Rio de Janeiro conseguiram prender um dos criminosos mais procurados do Brasil, Thiago Claudio Duarte Chagas, de 39 anos, conhecido como Thiago “Cachaça”. A operação, realizada com sucesso em em Barra do Piraí (RJ), contou com a participação de 26 agentes e culminou na captura do líder do Comando Vermelho (CV), uma das facções criminosas mais temidas do país.
Thiago “Cachaça” havia se estabelecido como uma figura central no tráfico de drogas em pelo menos três comunidades do Rio de Janeiro. Seu nome era sinônimo de violência e intimidação. Com um histórico marcado por confrontos diretos com as forças de segurança, ele se destacou por ordenar a execução de policiais que combatiam o crime organizado na região. Sua trajetória no submundo do crime era uma verdadeira escalada de poder, sempre permeada por ameaças e demonstrações de força.
De acordo com a Polícia Civil, Thiago era o traficante mais procurado do Sul Fluminense e estava foragido há mais de 4 anos.
As operações criminosas de Cachaça incluíam a ostentação de armas de fogo e a imposição do medo na comunidade local. Ele não apenas traficava drogas, mas também mantinha a população sob seu controle mediante ameaças constantes. Além disso, Cachaça é acusado de tentativa de homicídio contra um policial militar, um crime que destaca ainda mais sua periculosidade e afronta às autoridades.
A prisão de Thiago “Cachaça” foi resultado de uma ação meticulosa e coordenada entre diversas unidades policiais. A equipe responsável pela operação incluiu policiais federais do Núcleo de Operações da Delegacia de Polícia Federal em Volta Redonda, do Núcleo de Operações da Delegacia de Repressão a Drogas da PF no Rio de Janeiro e policiais civis da 93ª Delegacia de Polícia.
A megaoperação teve como palco principal o bairro São José do Turvo, no município de Barra do Piraí, onde os policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão expedido pela Vara Criminal local. Durante as buscas, foi encontrada uma pistola 9mm, uma granada de mão ofensiva, uniformes táticos operacionais, rádios comunicadores e celulares. Esses itens não apenas corroboram o envolvimento de Cachaça em atividades criminosas, mas também indicam a estrutura paramilitar da sua operação.
Thiago “Cachaça” enfrenta uma série de acusações graves, que vão desde a participação em organização paramilitar até tráfico de drogas, associação para o tráfico e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Se condenado por todos esses crimes, as penas podem ultrapassar 45 anos de prisão. Sua prisão representa um duro golpe para o Comando Vermelho e uma vitória significativa para as forças de segurança do Rio de Janeiro.