Nesta segunda-feira (26), a Polícia Civil de Bauru (SP) divulgou detalhes sobre o desaparecimento de Cláudia Regina da Rocha Lobo, funcionária da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), desaparecida desde o dia 6 de agosto. Durante a coletiva de imprensa, as autoridades confirmaram que Cláudia foi assassinada no mesmo dia em que foi vista pela última vez, e o presidente da entidade, Roberto Franceschetti Filho, é o principal responsável pelo crime e está preso.
De acordo com as investigações, Cláudia foi morta com um único tiro, disparado por Roberto Franceschetti dentro de um carro da Apae. Imagens de uma câmera de segurança revelaram que, momentos antes do disparo, Roberto saiu do banco de passageiros do veículo e assumiu o volante, enquanto Cláudia se deslocou para o banco traseiro. O carro permaneceu estacionado por aproximadamente três minutos, momento em que, segundo a Polícia Civil, Roberto disparou contra a funcionária.
Após o assassinato, Roberto Franceschetti teria acionado Dilomar Batista, funcionário do almoxarifado da Apae, e o ameaçado para que ele ajudasse no descarte do corpo de Cláudia. Dilomar foi ouvido pela polícia na tarde da última sexta-feira (23) e confessou sua participação no crime. De acordo com seu depoimento, o corpo de Cláudia foi incinerado em uma área de descarte utilizada esporadicamente pela instituição. Quatro dias depois, Dilomar retornou ao local para espalhar as cinzas em áreas de mata ao redor.
O envolvimento de Dilomar Batista foi crucial para a ocultação do crime. Após a execução do assassinato, ele assumiu a direção do veículo que Cláudia conduzia e o abandonou na região do bairro Vila Dutra. A seguir, Dilomar e Roberto deixaram o local em outro carro pertencente à Apae.
A Polícia Civil também revelou que Roberto Franceschetti Filho confessou o crime informalmente no dia 15 de agosto, quando foi preso. Essa confissão guiou os investigadores até a reconstrução dos eventos que culminaram na morte de Cláudia. No entanto, no dia seguinte, durante depoimento formal, Roberto negou todas as acusações.
Este caso chocou a comunidade de Bauru, não apenas pela brutalidade do crime, mas também pela confiança depositada em Roberto Franceschetti Filho, que, como presidente da Apae, ocupava uma posição de liderança em uma instituição voltada ao cuidado e bem-estar de pessoas com deficiência.
*Com informações do G1