Considerado o câncer mais comum no Brasil, correspondendo a mais de 30% dos casos de tumores malignos no país, o câncer de pele tem cura se descoberto precocemente. A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) alerta a população sobre a importância da prevenção e conscientização sobre a doença. Segundo dados da Fundação Hospitalar de Dermatologia Tropical e Venereologia Alfredo da Matta (Fuham), no Amazonas, nos últimos seis anos (2018-2023), foram registrados 3.672 casos da doença, uma média de 600 ocorrências por ano.
A secretária da SES-AM, Nayara Maksoud, explica que, na rede estadual de saúde, o tratamento do câncer de pele, com cirurgia, quimioterapia e radioterapia, é realizado na Fuham, unidade de referência no Amazonas. O Hospital e Pronto-Socorro Delphina Rinaldi Abdel Aziz e o Hospital Universitário Getúlio Vargas também realizam cirurgias relacionadas à doença.
Maksoud destaca, ainda, que neste mês em que é celebrado o Dia Mundial do Combate ao Câncer de Pele (1º de maio), a SES-AM reforça a importância da prevenção, melhor forma de combater a doença.
“É muito importante o trabalho de educação preventiva, porque compartilhar conhecimento, informa sobre como as pessoas podem realizar a prevenção primária e secundária e, em casos de lesões na pele, onde buscar assistência e o atendimento médico, precocemente”, complementa Nayara Maksoud, ressaltando que a doença não é contagiosa e tem cura se descoberta logo no início.
Câncer de pele
De acordo com diretor-presidente da Fuham, médico Carlos Chirano, o câncer de pele ocorre por conta do desenvolvimento anormal das células da pele, que se multiplicam repetidamente até formarem um tumor maligno. Carlos Chirano explica que a causa mais comum do câncer de pele é a exposição solar sem proteção, com maior predisposição se houver fatores genéticos, como pele clara, muitos sinais no corpo, além do sistema imunológico.
O especialista informa, ainda, que os principais sinais de alerta do câncer de pele incluem manchas escuras, pintas que mudam de cor ou de tamanho, feridas que não cicatrizam e lesões que coçam, ardem ou sangram. “O diagnóstico do câncer de pele é feito por meio de exames clínicos, dermatoscopia e biópsia da lesão suspeita. Quanto mais cedo a doença for detectada, maiores serão as chances de cura e menores os danos à pele”, ressalta diretor-presidente da Fuham.
Prevenção
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca) a prevenção se dá evitando exposição prolongada ao sol no período entre 10h e 16h. Usar proteção adequada, como roupas, bonés, óculos escuros com proteção UV, sombrinhas e barracas. Também é necessário o uso de filtro solar com fator de proteção 30, no mínimo, com reaplicação a cada duas horas durante a exposição ao sol, bem como o uso de filtro solar labial.
Além disso, o diretor-presidente da Fuham destaca que, em dias nublados, o uso de proteção continua é indispensável e, também, é necessário ter atenção para as tatuagens, pois podem esconder alguma lesão.
FOTOS: Arnoldo Santos/Fuham
Com informações da acessória