Manaus, 8 de outubro de 2025

“Talarico ele, chefe. Talarica da mulher dos outros.” A frase foi dita por um dos suspeitos presos pelo assassinato do empresário Rodrigo Silva, conhecido como “Chefinho Cell”, morto a tiros no dia 20 de junho dentro de sua loja de assistência técnica, na Galeria Manoa, bairro Cidade Nova, zona norte de Manaus. A declaração, dada na manhã desta quinta-feira (18) a reportagem do Portal AM POST na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), reacendeu questionamentos sobre a real motivação do crime, inicialmente tratado pela polícia como execução.

Foram presos João Lucas Pimenta de Jesus, conhecido como “Luquinhas”, e Iago dos Santos Matos, apontados como executores do crime. De acordo com as investigações, Luquinhas teria sido o responsável pelos disparos fatais, enquanto Iago aguardava do lado de fora da galeria em uma motocicleta, dando suporte para a fuga após a ação.

Ambos foram conduzidos à DEHS, onde passaram por exame de corpo de delito e serão submetidos a audiência de custódia. Durante a apresentação, a imprensa questionou os dois sobre o motivo da execução, e foi nesse momento que um deles disparou a resposta em tom de provocação, sugerindo um possível crime motivado por ciúmes e questões pessoais.

O termo “talaricagem” é usado popularmente no Brasil para se referir a alguém que se envolve com pessoas que já têm parceiros, ou seja, “ficar” ou tentar conquistar a pessoa que está em um relacionamento alheio. No contexto da fala do suspeito, ele sugere que o empresário teria se envolvido com a mulher de um deles, o que, segundo a visão dele, teria motivado o homicídio.

Execução planejada

De acordo com a apuração policial, no dia do crime, Rodrigo estava atendendo clientes em sua loja quando foi surpreendido. Um homem armado entrou, atirou diversas vezes contra o empresário e saiu rapidamente, sem levar dinheiro ou equipamentos.

A ausência de roubo reforçou a tese de que não se tratava de latrocínio, mas sim de uma execução planejada. A fala de um dos suspeitos, no entanto, abriu espaço para uma nova linha de investigação, que poderá envolver questões pessoais e motivação passional.

No atentado, além da morte de Rodrigo, outras duas pessoas ficaram feridas: o irmão da vítima, Igor da Silva Reis, de 26 anos, baleado na perna, e um funcionário da loja, atingido no pé. Ambos sobreviveram e ajudaram nas investigações ao fornecer informações sobre a dinâmica da ação criminosa.

Sobre a vítima

Rodrigo, de apenas 27 anos, era casado, pai de uma criança autista e aguardava o nascimento do segundo filho. Sua morte brutal causou comoção entre familiares, amigos e clientes, que o descrevem como um jovem trabalhador e dedicado à família.

Fonte: AM POST.

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