Manaus, 22 de agosto de 2025
Foto: Reprodução

O humorista Tirulipa foi formalmente denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) por importunação sexual contra três mulheres durante a edição de 2022 da “Farofa da Gkay”, festa promovida pela influenciadora Gessica Kayane. A informação foi divulgada pela colunista Fábia Oliveira, do portal Metrópoles.

Segundo a denúncia, o comediante, identificado como apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, teria puxado a parte superior dos biquínis das vítimas sem autorização, com a intenção de expor os corpos das mulheres para “satisfação própria e de terceiros”. O MPCE aponta ainda que há indícios de que outras convidadas do evento também teriam sido alvo do mesmo tipo de comportamento.

De acordo com o órgão, os atos denunciados caracterizam crimes reiterados de importunação sexual — conduta considerada grave, não sendo passível de acordos penais ou benefícios legais. A pena prevista para esse tipo de crime é de um a cinco anos de reclusão.

Vídeos gravados durante a festa e anexados ao processo mostram as ações atribuídas ao humorista. As imagens teriam sido fundamentais para embasar a denúncia do Ministério Público, ao lado dos depoimentos das vítimas, que relataram constrangimento e ausência de qualquer consentimento.

Em depoimento à polícia, Tirulipa negou que tenha cometido crime e alegou que a retirada de peças de roupa fazia parte de uma “dinâmica conhecida” entre os participantes da festa. A defesa do humorista ainda não se pronunciou oficialmente sobre a denúncia.

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No último dia 12 de agosto, foi expedido um mandado de citação determinando que Tirulipa apresente sua defesa no prazo legal de dez dias. Caso a Justiça aceite a denúncia, ele se tornará réu no processo.

O caso volta a lançar luz sobre os limites do consentimento em eventos festivos e a responsabilidade de figuras públicas ao participar de brincadeiras que possam constranger ou violar direitos de outras pessoas.

Importunação sexual é crime previsto no artigo 215-A do Código Penal e ocorre quando alguém pratica ato libidinoso sem consentimento, com objetivo de satisfazer desejo próprio ou de outrem. A legislação foi aprovada em 2018 para punir condutas como toques indevidos e assédios em espaços públicos ou privados.

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