Manaus, 10 de dezembro de 2024

Uma pequena vila chamada Arumã, situada no interior do Amazonas, enfrentou uma devastação sem precedentes quando um imenso barranco desabou, fazendo com que suas ruas, casas, escolas e igrejas desaparecessem. O trágico evento, causado pelo fenômeno conhecido como “terras caídas”, ocorreu durante o período de seca dos rios no estado e resultou em uma vítima fatal, além de feridos e desaparecidos.

Essa comunidade rural faz parte do município de Beruri, localizado a 173 quilômetros de Manaus, e agora parece ter sido apagada do mapa devido ao deslizamento de barranco. O fenômeno das “terras caídas” é uma triste realidade que afeta principalmente as regiões ribeirinhas do interior do Amazonas.

De acordo com informações dos Bombeiros, mais de 40 casas foram atingidas por esse desastre natural, afetando cerca de 200 pessoas. Até o momento, uma criança foi confirmada como vítima fatal, e quatro pessoas estão desaparecidas, sendo três soterradas e uma no rio. Além disso, várias pessoas ficaram feridas.

Até o momento da publicação deste artigo, a Defesa Civil do Estado não forneceu mais atualizações sobre a situação.

Antes deste cenário de devastação, a vila de Arumã, como muitas outras comunidades ribeirinhas, possuía um pequeno porto e uma orla encantadora, com construções coloridas. Agora, tudo o que resta é um grande buraco cheio de lama.

O incidente ocorreu no sábado, dia 30, quando os moradores viviam a tranquilidade de um fim de tarde até que o deslizamento de terra começou, acompanhado por um forte tremor. Aqueles que conseguiram se proteger correram em direção à floresta em busca de segurança.

O subtenente Emerson Silva, responsável pela 2ª Companhia do Corpo de Bombeiros de Manacapuru, uma cidade da região metropolitana de Manaus, explicou que as pessoas se refugiaram na mata e que, na manhã seguinte, já estavam sendo resgatadas, com ferimentos leves, e recebendo atendimento.

Uma base dos Bombeiros foi estabelecida na Comunidade São Lázaro, que fica ao lado do local atingido, para coordenar os esforços de resgate e atendimento às vítimas.

Diante dessa tragédia, várias entidades estão mobilizadas para prestar ajuda humanitária. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) enviou 150 cestas básicas, 100 garrafões de água de 20 litros, 180 frangos e 150 kits de higiene pessoal para apoiar as famílias desabrigadas, que estão alojadas em um centro comunitário na comunidade vizinha.

Uma equipe conjunta composta por homens do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Instituto Médico Legal (IML) e servidores de várias secretarias estaduais também está a caminho do município de Beruri para prestar assistência e auxiliar nas operações de resgate e recuperação dessa comunidade devastada.