Manaus, 5 de novembro de 2024

Os pesquisadores americanos Moungi Bawendi, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), e Louis Brus, da Universidade Columbia, e o russo  Alexei Ekimov, da empresa Nanocrystals Technology, ganharam o Prêmio Nobel de Química de 2023, anunciou nesta quarta-feira (04/10) a Real Academia Sueca de Ciências.

Eles receberam a distinção pela descoberta e desenvolvimento dos chamados pontos quânticos, anunciou a Academia. Essas estruturas, também conhecidas como átomos artificiais, são usadas em televisões modernas e também são importantes para computadores quânticos. Todos os três trabalham nos Estados Unidos.

Ponto quânticos são partículas de semicondutores extremamente pequenas, cujas dimensões não ultrapassam alguns nanômetros de diâmetro. As propriedades ópticas e elétricas deles diferem das propriedades apresentadas pelos semicondutores de tamanho macroscópico. Os pontos quânticos são um dos principais materiais em aplicações de nanotecnologia. 

O anúncio confirmou relato na imprensa sueca, que havia vazado os nomes horas antes da divulgação oficial. É muito raro que isso aconteça, pois os organizadores do Nobel são conhecidos por manter os nomes em segredo até a hora final.

No ano passado, o Nobel de Química foi para os pesquisadores americanos Carolyn Bertozzi e Barry Sharpless e o dinamarquês Morten Meldal. O trio foi agraciado pelo desenvolvimento de uma ferramenta para a construção de moléculas.

O Prêmio Nobel é entregue em Estocolmo por desejo do inventor sueco Alfred Nobel, morto em 1895. O criador da honraria também exigiu que o prêmio tivesse um montante em dinheiro, além da medalha de ouro. Na cerimônia de entrega, geralmente realizada no dia 10 de dezembro (aniversário da morte de Nobel), o vencedor recebe 10 milhões de coroas suecas, o equivalente a cerca de R$ 4,6 milhões. Se houver mais de um vencedor, o valor é dividido.

O Nobel de Química foi o terceiro a ser anunciado este ano. Durante a semana, o comitê vai tornar conhecidos ainda os vencedores nas categorias Literatura e Paz.

Foto: Claudio Bresciani/TT/IMAGO